quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Campanha Setembro Dourado alerta para diagnóstico do câncer


Cerca de 70% das crianças e adolescentes brasileiros, entre zero e 18 anos, que são diagnosticados no início de um câncer, se curam, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Mas quando o diagnóstico é feito de forma tardia, essa taxa cai para menos da metade, como informa a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope).

Maria da Luz é mãe da pequena Vitória, que não resistiu a uma leucemia, o caso mais comum de câncer entre crianças, segundo o Inca. Diagnosticada com o tipo mieloide, no primeiro ano de vida, morreu um ano depois. A mãe da menina admite que o caso era grave, mas diz que a demora na descoberta do problema foi outro agravante.

A Campanha Nacional  Setembro Dourado foi lançada para conscientizar a população sobre a importância da identificação da doença o mais cedo possível.

Segundo o Inca, cerca de 11 mil novos casos de câncer infanto-juvenil são registrados, por ano, no Brasil. Apesar das grandes chances de cura, é a principal causa de mortes por doença, nessa faixa etária.

Para a presidente da Sobope, Teresa Fonseca, o maior desafio é identificar a patologia, já que o tratamento, segundo ela, é acessível.

Mas o presidente da Confederação Nacional de Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer, Rilder Campos, diz que o desafio dos pequenos pacientes no interior do país é maior, já que os centros especializados de diagnóstico e tratamento estão nos grandes centros.

Insistir no diagnóstico, mesmo que se pareça com uma doença comum, também é importante para o sucesso no tratamento.

Mônica Ribeiro, mãe da Mariana, de treze anos, conta que levou sete meses para descobrir dois tumores malignos na cabeça da filha. Ela conta que, aos cinco anos, a pequena Mariana foi diagnosticada com diabetes, mas ela não se convenceu e investigou a fundo. Hoje, oito anos depois, ela está curada, apesar das sequelas, como hipotireoidismo e diabete.

De acordo com o Inca, o linfoma, que são nódulos em áreas como pescoço, axilas e virilha, é o terceiro tipo da doença que mais atinge o público infanto-juvenil, ficando atrás da leucemia e dos tumores na cabeça. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica, a quimioterapia e a radioterapia são tratamentos eficazes na cura dos pequenos. Mas, em casos mais graves, a doação de órgãos e tecidos, como a medula óssea, pode salvar vidas.

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